"Não há palavra que prove tão amargamente manchas e mentiras como a palavra ‘amor’. Com astúcia diabólica, onde a vontade é frágil como se fora um véu, com o amor se cobre ocultando com astúcia a coqueteria de sua vida. Se o caminho está impedido e há perigo, abandona-se para seguir o ‘amor’. Se prefere ir pelo caminho cômodo, deixa-o seguir ele pelo ‘amor’. Sempre terás esperanças se é Deus a quem deseja e teme, e que o amor dirija as suas preces.
Humildade! Palavra sem sentido, que serve de lema para o mundo de hoje. Pretexto tosco dos pobres de espírito, que não se atrevem nem querem atuar. Todo fraco mascara seu medo para arriscá-lo todo pela vitória, porto de todos os covardes, que desfalecem ante as promessas sutis facilmente rompidas. Almas mesquinhas que convertem o homem em um ser ‘humanitário!’ Foi Deus ‘humano’ quando morreu Jesus? Ah! Se teu Deus foi quem então deu conselho, Cristo foi o que na cruz clamou por graça. Assim a redenção se converteu na nota de um protocolo celestial.”
Ibsen