"A arte deve antes de tudo e em primeiro lugar embelezar a vida, portanto, fazer com que nós próprios nos tornemos suportáveis e, se possível, agradáveis uns aos outros: com essa tarefa em vista, ela nos modera e nos refreia, cria formas de trato, vincula aos não educados as leis de convivência, de limpeza, de cortesia, de falar, de calar a tempo certo." Nietzsche

Deleuze

"Quando a sensação visual enfrenta a força invisível que a condiciona, então ela libera uma força que pode vencer esta, ou fazer dela uma amiga. A vida grita para a morte, mas justamente a morte não é mais aquele traço demasiado visível que nos faz fraquejar, ela é essa força invisível que a vida detecta, desaloja e faz ver gritando. É do ponto de vista da  vida que a morte é julgada, e não o inverso, onde nós nos comprazíamos. Bacon faz parte desses autores que podem falar em nome de uma vida mais intensa, por uma vida mais intensa. Não é mais um pintor que ‘acredita’ na morte. Todo um miserabilismo figurativo, mas a serviço de uma Figura da vida cada vez mais forte. Elevou Figuras indomáveis, indomáveis por sua insistência, por suapresença, no momento mesmo em que ‘representava’ o horrível, a mutilação, a prótese, a queda ou o fracassado. Deu à vida um novo poder de rir extremamente direto.”
Gilles Deleuze (1981).
Francis Bacon: lógica da sensação
 Retrato de Inocêncio X, Papa
Francis Bacon